quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Medo


Arrepio,
Fraqueza,
Vazio no estômago.
Vontade de sumir,
Voar, deixar de existir.
Vontade súbita de acordar
Como quem foge de um pesadelo.
Vontade de chorar
E ser acolhida em um colo protetor.
Às vezes o medo é tão gigante,
Que instantes eternos,
Imprimem-nos sofrimento profundo,
Fazendo-nos entender
Que somos incapazes,
Frágeis e até inúteis.
Outras vezes é exatamente
Este vilão que nos torna mais fortes.
O medo cresce junto com a gente,
Explorando cada experiência,
Atormentando-nos a cada oportunidade.
O medo enraíza, entranha, invade.
Quando domina, faz o mais forte tremer.
Quando se concretiza, impede a pessoa de viver.
O medo é como um bom tempero,
Apenas uma pitada e transforma,
Motiva, incentiva...
Mas quando passa do ponto
Estraga tudo,
Fica mais presente do que necessário,
Assombra,
Constrói uma parede de aço invisível,
Intransponível
Que só pode ser vencida,
Após a resolução dos enigmas da mente.
O medo pode deixar uma pessoa só
Apesar da multidão a sua volta,
Porque é pessoal, particular,
Peculiar, individual.
Apesar de temer as mesmas coisas
O medo de uma pessoa jamais
É igual o da outra.
Não sei se cada um tem o medo que merece,
Mas não há dúvida
De que cada um tem o medo que alimenta.



Vivian Kosta

18.09.2014

 

OBS: imagens da internet

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